Carlos Carvalho

Um programa nacional que distribui renda para todos os pobres, mas não permite que todos estes pobres gerem renda, é no mínimo equivocado. Isso é bem complicado. Um grande amigo sempre me disse algo quando conversávamos sobre dinheiro: "Quando a gente tira de um lugar, mas não colocamos de volta os valores que tiramos, a fonte seca!" Se não criarmos um caminho para que as pessoas produzam renda como todos os outros produzem, fatalmente vamos implodir o sistema. Vejam o sistem a Previdenciário brasileiro, para que uma pessoa se aposente e passe o resto da vida recebendo sem produzir, ela deve contribuir por décadas (salvo em casos especiais). Portanto, todos devem contribuir de uma maneira ou de outra para que o sistema de vida no qual vivemos melhore cada vez mais e para que todos e todas sejam beneficiados. Carlos Carvalho

A LAICIDADE DO ESTADO E O ESTADO DEMOCRÁTICO A falácia de um discurso oco Um Estado laico e um Estado democrático de direitos. Estas duas expressões são sempre mencionadas no ambiente político e acadêmico em nosso país e no Ocidente. Elas são o que há de mais pleno, ao menos para os ocidentais, em termos de gestão de uma nação e de participação representativa que um povo pode desejar na condução das decisões que afetam diretamente o destino e a vida de todas as pessoas que fazem parte de um país considerado livre. Viver em um estado laico significa, em linhas gerais, que há pouca ou nenhuma intervenção e influência dos sistemas de crenças religiosas nas decisões dos gestores e administradores públicos no que diz respeito às políticas públicas e na condução das dinâmicas e demandas existentes entre o povo e o sistema de Governo. Viver em um Estado democrático de direitos, igualmente, significa dar acessos aos direitos conquistados e garantir a cada pessoa do país, sem d

"De igual modo, os homens mais felizes são aqueles que puderam se distanciar o mais possível das ciências e refugiar-se junto da sua única mestra, a natureza." Erasmo de Rotterdam

"Não anule os ganhos das pessoas, não tome o seu tempo; governe-as com liberalidade, facilite o trabalho delas, e  ajude-as com seus problemas: então, você pode exigir o  mundo." Mestre Wei Liao Caminhos do Guerreiro, Códigos de Reis

NATUREZA HUMANA Um provérbio russo diz: “O martelo que parte o vidro é o mesmo que forja o aço”. Usualmente ele é usado para referir-se ao tipo de personalidades das pessoas. Se for vidro, são facilmente quebráveis por serem frágeis, e, este tipo de pessoa acaba sendo muito ferida na vida, precisamente por sua natureza frágil. Se for aço, então, são pessoas que a dureza da vida, as intempéries e os mais diversos percalços tornam-se instrumentos para forjar a força de seu caráter e fazê-las inabaláveis na vida, não importando a condição nas quais se encontrem. Embora goste destas definições e simbolismos, se tivesse que escolher, escolheria ser o MARTELO. O que acham? Carlos Carvalho Fevereiro de 2016

Liberdade ou Segurança? Vemos algumas notícias serem veiculadas quase que diariamente sobre mulheres sendo assediadas em bares, nas ruas ou no trabalho, e igualmente vemos o tamanho da violência generalizada que avança em nosso país. Tudo muito assustador! Não desejo em hipótese alguma que a violência se alastre ou que mulheres sejam assediadas, agredidas ou estupradas, Deus livre-me de um pensamento tão maligno, mas é preciso dizer uma única coisa sobre esses tempos. Em uma entrevista, um dos maiores sociólogos vivos de nossa era, Zygmunt Bauman, somos advertidos por este mestre perspicaz que a humanidade clama por liberdade tanto quanto por segurança (para ele são os dois componentes da verdadeira felicidade). Porém, há que se fazer uma escolha séria: ou uma coisa ou outra, e ele explica a lógica. “Quanto mais segurança, mais somos privados de liberdade” – porque a segurança exige isso – “e quanto mais liberdade, menos segurança temos”. Portanto, para sermos

DA SERVIDÃO MODERNA Síntese crítica do vídeo “de la servitude moderne” de Jean-François Brient Carlos Carvalho Teólogo e Cientista Social formado pela Universidade Metodista de São Paulo. É óbvio que a proposta de uma libertação deste sistema opressor que escraviza as vontades humanas e os fazem pensar que são livres é muito bem vinda. Foi o próprio Jesus quem nos disse que a “verdade nos libertará” (João 8.32,36), sendo Ele mesmo a expressão máxima desta verdade libertadora, sem a qual jamais haverá uma verdadeira revolução libertária da vontade humana. O texto falado é facilmente percebido como o discurso socialista marxista (está bem evidente e comum em Sociólogos franceses), contra o capitalismo – sendo este o grande mal do mundo – que explora e aliena os “escravizados” modernos, fazendo-lhes apenas consumidores infelizes presos no círculo vicioso que o próprio sistema lhes impõe. Os problemas sociais, a pobreza, a miséria, a desigualdade econômica ent