Religião e financiamento público
Religião e
financiamento publico
Ouvi na TV Brasil, num programa sobre a comunicação
religiosa com o título: "Entre o céu e a terra: devoção eletrônica",
a expressão de uma senhora "materialista" - uma palavra para
"ateu" - que as pessoas brasileiras, inclusive as pessoas
materialistas são obrigadas a financiar ou "patrocinar" a religião no
Brasil. Essa senhora faz uma leitura equivocada das religiões e do
financiamento público em nosso país.
Sua ótica está tão ofuscada por sua cosmovisão materialista que
esqueceu de perguntar a si mesma qual religião é patrocinada pelo Estado? Qual
parte de seus impostos é destinado a qualquer religião? Quanto do dinheiro
público é usado para pagar programas de rádio, de televisão ou criar revistas e
jornais em nosso Brasil? Quanto dinheiro público é usado para comprar templos
ou para alugueres dos templos das religiões? Gostaria que alguém ou essa
"especialista" nos mostrasse. Todo o dinheiro do custeio da religião
no Brasil vem da própria religião, dos seus fiéis e apoiadores, não do Estado.
Falsos discursos reproduzidos por pessoas que se imaginam
"doutores" no que falam ou que a Academia os laureia em suas
sandices, são um perigo para o pensamento, para a liberdade da fé e da
comunicação de todos.
Carlos Kleber Carvalho
Teólogo e Cientista Social
Julho de 2018
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