Sic illa ad arcam reversa est
Esta frase em latim no brasão da cidade de Salvador, em
português significa: “E ela retornou à arca”. No brasão, a imagem de uma pomba
com um ramo de oliveira no bico, dá o sentido das palavras. Na fundação da
primeira capital do Brasil, a história bíblica de Noé é retratada e as
Escrituras Sagradas são honradas por seu fundador, Tomé de Souza, em 1549 – que
em março deste ano de 2020 completou 471 anos.
Após o irrompimento do dilúvio, diz o texto sagrado, Noé
soltou um corvo e depois uma pomba para verificar se as águas já haviam secado
da face da terra. Mas a pomba, não achando lugar para pousar os pés, voltou para
junto de Noé, na arca; porque as águas ainda cobriam a terra. Noé, estendendo a
mão, pegou a pomba e a recolheu consigo na arca e a trouxe de novo para dentro
da arca. Esperou mais alguns dias e a soltou. À tarde, ela voltou a ele,
trazendo no bico uma folha nova de oliveira. Assim ele entendeu que as águas
tinham baixado sobre a terra. Mais sete dias e de novo soltou a pomba; ela,
porém, já não voltou mais para ele (Gênesis 8:8-12).
Com este símbolo tão belo e singelo do brasão da “Cidade do
Salvador”, foi anunciada a esperança de um novo mundo e de uma nova história.
Nova para os ameríndios ao saber que outros tão diferentes existiam. Novo para
os europeus ao conhecerem uma tamanha beleza e liberdade. Novo aos africanos,
que, séculos depois de serem escravizados aqui, podem vislumbrar e alcançar
dias melhores.
Que o Eterno Deus Criador do ser humano, dos céus, da terra
e do mar, jamais perca seu lugar de primazia; que Jesus Cristo, o Senhor de
todos nunca seja igualado a nenhum homem, animal ou ser; que o Espírito Santo,
simbolizado pela pomba do brasão, seja o único Espírito recebido nos corações e
que a Palavra de Deus, representada pela Escritura Sagrada, a Bíblia, seja a
referência maior do estilo de vida e de fé de todos os brasileiros e brasileiras.
Carlos Carvalho
Mestre e Escritor
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