O poder destrutivo do
dinheiro
Esperando o
jogo do Brasil nesta manhã, me deparei com a transmissão de um filme em um
canal de TV pago. Era a trajetória da cantora Selena Quintanilla-Pérez (1971-1995),
interpretado pela então, estreante à época, Jennifer Lopez. Conhecida
simplesmente como Selena, foi uma cantora mexico-norte-americana considerada a
rainha da música tejana e figura como
uma das mais importantes cantoras da música latina.
O filme
é de 1997, dois anos após o assassinato da cantora em ascensão, pela presidente
de seu fã-clube e administradora de suas lojas, Yolanda Saldívar, que fora
demitida após a descoberta que desviava dinheiro da família de Selena. Não
aceitando o fato e negando o ocorrido, depois de uma discussão com Selena que
tentava recuperar registros financeiros importantes em posse de Yolanda, esta
atirou nas costas de Selena e o tiro rompeu uma artéria, causando na jovem uma
hemorragia que a matou horas depois, no dia 31 de março de 1995, aos 23 anos de
idade.
Yolanda
Saldívar foi condenada a prisão perpétua em outubro de 1995, por assassinato em
primeiro grau com a possibilidade de cumprir o restante da pena em regime
aberto após 30 anos. 18 anos após sua morte Selena permanece sendo a Rainha do
Tex Mex, por seu talento e herança musical. Em 2010 ela foi homenageada com o
lançamento de um box com suas grandes
canções.
A morte de
Selena foi capa do The New York Times por dois dias seguidos. Artistas como
Madonna, Julio Iglesias e Gloria Estefan manifestaram na imprensa suas
condolências. 14 dias após a morte de Selena, George W. Bush, governador do
Texas na época do assassinato, instituiu o dia 16 de abril (dia do nascimento
de Selena) como o “Dia da Selena“ no Texas.
Este é mais um daqueles já conhecidos casos onde o
dinheiro não apenas exerce seu poder de atração e sedução nas pessoas, como
manifesta o seu alto poder destrutivo na vida daqueles que por ele são
dominados e o pior, em um “efeito dominó” acaba por atingir os outros em seu
caminho maligno. É óbvio que o papel-moeda não tem vida ou vontade própria e
que o mal está no coração dos seres humanos, mas o dinheiro tem, em seu
simbolismo, esta tremenda capacidade de influência sobre os homens e mulheres
do mundo.
O texto sagrado que possui quase 2 mil anos já nos
advertia contra este poderoso sedutor e acerca deste caminho destrutivo:
“pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males.
Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram
a si mesmas com muitos sofrimentos.”
1 Timóteo 6:10 (NVI)
Resta-nos lamentar as numerosas perdas de vidas
humanas conhecidas ou anônimas que têm tombado até hoje e que infelizmente
tombarão por causa desta raiz maldita que logra com eficácia sua morada na
mente e corações dos humanos.
C. K. Carvalho
sábado, 28 de Junho de 2014
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