Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Foi o filme escolhido para
representar o Brasil no Oscar 2015
(Uma crítica pessoal)
Assim inicia a reportagem online
da Veja Abril, com esses dois parágrafos abaixo. Semelhantemente o Estadão
online traz quase que idênticas as palavras:
“Com a indicação, feita por uma comissão nomeada pelo
Ministério da Cultura e anunciada na manhã desta quinta-feira na Cinemateca
Brasileira, em São Paulo, o longa de Daniel Ribeiro tentará uma vaga entre os
concorrentes ao prêmio de melhor filme em língua estrangeira na próxima edição
da premiação americana. Os finalistas da categoria devem ser anunciados em
janeiro.
Laureado com o prêmio da Crítica Internacional no último
Festival de Berlim, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho conta a história de um menino
cego que se apaixona pelo amigo e descobre a homossexualidade, ainda na
adolescência. O filme pode agradar à Academia de Cinema de Hollywood por tratar
de um tema universal, a sexualidade, com delicadeza. "Esse filme tem uma
linguagem e uma história que podem ocorrer em qualquer lugar. É um filme de
enorme sensibilidade", destacou a ministra Marta Suplicy durante o
anúncio.”
Três assuntos extremamente
importantes para se tratar com seriedade como Cegueira, Adolescência e Amizade,
foram colocados de uma só vez em um filme brasileiro e, para não deixar de
polemizar a coisa, anexaram a homossexualidade no negócio.
Uma péssima escolha de
representação, não obstante em nosso país as questões abordadas ainda não terem
sido devidamente sintetizadas, não promove o auxílio para o diálogo, pois
parece uma imposição ideológica de certos grupos, além da realidade
sociocultural dos adolescentes do filme, não ser a da maioria dos que habitam
no Brasil.
Corro o risco de contrariar o
mini-império dos militantes gays que se disfarçam em “direitos humanos”, que
parece terem logrado êxito no “politicamente correto”, impondo um não questionamento
acerca de nada sobre a homoafetividade no país sem ser estereotipado de
“preconceituoso, homofóbico ou fundamentalista religioso”.
Nas palavras de um gay, que por
sinal iniciou sua trajetória homossexual na adolescência e morreu por causa da
AIDS: “Que país é esse?” Não sei se de fato ele saberia responder!
© C. K. Carvalho
Teólogo e Cientista Social
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