Poemas Urbanos 2
Soneto do Dia
O iniciar do
dia traz consigo convicções e incerteza
Entre o
movimento de indivíduos que buscam clareza
Deixando de
lado suas peitas, buscam a beleza
Tentar ser e
reproduzir o que não são sem delicadeza
No dia não há
espelhos, apenas há luz
Maior brilho
não há, reluz
Mostrando como
somos mesmo de capuz
Às vezes
jorrando da alma o nosso pus
Brilhante,
reluzente, num dia de sol
Obscuro,
sombrio, acendo o farol
Primavera
chuvosa ficamos num atol
Ao final dele
apressamos a escapada veloz
Ziguezague
entre corpos numa corrida atroz
Amanhã outra
vez, voltamos a Oz
Carlos Carvalho
26/05/2011
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