Brasileiro mediano
Brasileiro mediano
Retornando ao escritório de nossa
organização com minha esposa, após uma reunião na Casa dos Conselhos de nosso
Município, vi um veículo Fox com dois adesivos que me chamaram a atenção. Em
um, a frase dizia: “Mas livrai-nos do mal, amém”, e o outro era a imagem de uma
mão fechada com o dedo mediano em riste. Quando as vi, logo veio à minha mente
a descrição do brasileiro mediano. Ficou algo mais ou menos assim: O brasileiro
mediano é...
Uma pessoa imoral, licenciosa e
libertina, que gosta de viver de acordo com sua visão de mundo particular e desrespeitosa,
usando diariamente muitos palavrões em sua comunicação.
Uma pessoa irreligiosa, neste
caso específico, alguém que declara uma religião, porém, não a pratica.
Uma pessoa que não finalizou o
ensino médio, e, se faz ou fez uma faculdade, está no percentual daqueles que
não conseguem interpretar o que leem.
Uma pessoa que chama de música
toda a expressão baixa, vil e ridícula produzida pelos “artistas” populares.
Alguém que
gosta das coisas de graça, mas está disposto a pagar pelo cigarro, cachaça,
cerveja, maconha e outras drogas e também para entrar nas festinhas noturnas.
Alguém que
no início do ano já faz as contas de quantos feriados prolongados teremos para,
sem se dar conta, gastar tudo o que ganha em diversão e entretenimento inúteis
e viver em dívidas de cartão de crédito durante o ano todo.
Uma pessoa
que usa a famosa frase: “Política, religião e futebol não se discutem!”, mas
são esses o teor da maioria de suas conversas semanais em todos os lugares.
Aquele que
produz e procura sempre criar leis que geram e gerarão um exército de vadios e
inúteis para a sociedade na adolescência e juventude, e que vociferam contra
aqueles que praticam o certo, o justo e que possuem ética e moral práticas.
Uma pessoa
que chama de cultura o folclore, mas que não tem cultura, o acúmulo de
conhecimentos que produzem e transformam o meio em que vivemos.
Uma pessoa
que ama a ideia de ser uma vítima da sociedade e dos “opressores”, mas não
gosta de ler, de estudar e de trabalhar por longas horas na busca por seus
sonhos e projetos.
Este tipo de brasileiro mediano
está em todas as classes, em todos os meios. Na classe alta e na baixa, na
elite e no pobre, no empregador e no funcionário, na política, nos meios de
comunicação, nas universidades, nas artes, na TV, nas redes sociais, nas ruas e
nos palácios. Não é um caso de dinheiro ou da falta dele, é uma questão de
saúde mental mesmo, na acepção da palavra.
Carlos Kleber Carvalho
26 de janeiro de 2018
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