Dia Internacional da Mulher
Mas, vindo a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a lei,
Gálatas 4.4
Na narrativa da história humana na
Bíblia foi por meio da ação de uma mulher – Eva – que o pecado entrou no mundo,
e, por causa dela, toda a humanidade recebeu as consequências da morte, da
destruição e da miséria que vemos até os nossos dias. Na mítica história grega,
o mal entrou no mundo por causa da caixa de Pandora – presente que o deus Júpiter
deu a ela – e que seu marido Epimeteu abriu, aonde continha todos os males que
vieram sobre os homens. Como um eco imperfeito da história bíblica, a tragédia
grega mostra uma verdade antiga.
Mas, na plenitude dos tempos, na
mesma história humana bíblica, no período da pax romana, uma mulher foi o instrumento de Deus para a salvação da
humanidade. Maria torna-se o receptáculo, por escolha divina, para que, por
empréstimo de seu útero, fosse a portadora do corpo que Deus precisaria para
entrar no mundo. O Deus Filho, que existia antes de todas as coisas, o Verbo de
Deus, assumiu a forma humana para fazer o resgate de nossos pecados e promover
a salvação dos que creem, e uma mulher foi o caminho natural.
Se na antiguidade a mulher foi
considerada a culpada pela entrada do mal no mundo, na plenitude dos tempos uma
mulher foi a portadora do Redentor e do Salvador. Antes, ela foi vista como
inferior, agora é vista como alguém de extrema importância para a humanidade. Ainda
que em nossos dias a própria feminilidade da mulher incorpore essas duas
naturezas – a da queda e a da redenção – é nesta última que depositamos
confiança como homens.
A natureza redentiva da mulher
nos fala do amor incondicional, do perdão, do sacrifício pessoal, da crença no
melhor, do trabalho incansável e da esperança. É dessa natureza que esperamos
que se gere homens que lutem e trabalhem por um mundo melhor para todos – tanto
para homens como para mulheres.
Paz a todas as mulheres!
Bp. Carlos Carvalho
8 de março de 2016
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